O envelhecimento da pessoa com deficiência intelectual
 
Notícias Artigos

O envelhecimento da pessoa com deficiência intelectual


Destaque de setembro, 2015

O envelhecimento é um processo multifacetado e dinâmico, compreendido como uma questão natural e normal do desenvolvimento de todo ser humano. Logo, com a pessoa que possui deficiência intelectual não é diferente: saúde e bem-estar são importantes para a melhora da qualidade de vida e a garantia de mais longevidade. 

Em projeção divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, a partir de 2039 haverá mais idosos do que crianças vivendo no Brasil. Além disso, 1 em cada 4 brasileiros terá mais de 65 anos em 2060. Destes, vale ressaltar que 45,6 milhões têm ao menos algum tipo de deficiência: visual, auditiva, motora, mental ou intelectual.

Segundo um levantamento que investigou a incidência das deficiências por faixa etária, constatou-se que elas atingem com mais frequência a população de 65 anos de idade ou mais, 67,7% desses idosos (cerca de 9,5 milhões de pessoas) possuem alguma deficiência.

Um estudo concluiu que pessoas com deficiência intelectual envelhecem prematuramente. Exceto na Síndrome de Down e em outras síndromes, o envelhecimento precoce das pessoas com deficiência intelectual de grau leve a moderado é agravado pela falta de programas de promoção, acesso a serviços e má qualidade de saúde e assistência social prestados.

O Poder Público carece de programas de promoção à saúde para as pessoas com deficiência, a fim de reduzir condições secundárias como por exemplo obesidade, hipertensão, nutrição, bem-estar psicológico entre outros. O cuidado com doenças crônicas e a manutenção de oportunidades funcionais, oferta de lazer e independência melhoram a qualidade de vida dessas pessoas. Com esses recursos, a porcentagem de idosas pessoas com deficiência intelectual seria muito maior.

Nas Casas André Luiz, 33% dos pacientes têm mais de 50 anos, número que se dá pelos atendimentos recebidos diariamente nas diversas áreas médicas, terapêuticas e atividades físicas, que garantem uma qualidade de vida adequada para que eles cheguem cada vez mais ao processo de envelhecimento.


Conheça alguns dos pacientes que fazem parte dessa estatística

Abel Leopoldino tem 68 anos e possui deficiência intelectual moderada chegou às Casas André Luiz em 1967. Recebe atendimento de Fonoaudiologia para melhorar a deglutição da saliva, devido quadro de disfagia.

Faz estimulação motora global na Educação Física, a fim de aprimorar a capacidade física de força e resistência através de exercícios de deslocamento.


Juraci de Campos Melchiades tem 65 anos e possui deficiência intelectual profunda. Está na Instituição desde 1963 e recebe atendimento na Educação Física, para minimizar os efeitos do sedentarismo e do risco de isolamento, além da preservação da capacidade motora.

Participa de atividades de recreação e dos Grupos Aprendizes da Alegria e Aprender a Brincar, liderado por voluntários que proporcionam semanalmente momentos de muita música, brincadeiras, fantasias e diversão, e supervisionado pela equipe de Psicologia.

Publicado em: 30/09/15

Colabore com os atendimentos às pessoas com deficiência

Casas André Luiz

© 2019 C.E.N.L. Casas André Luiz. Todos os direitos reservados.
Respeitamos sua privacidade e seus direitos, saiba mais.
CNPJ: 62.220.637/0001-40 • Isenção Fiscal: 25000.168702/2018-58.
Telefone: (11) 2457-7733 • E-mail: faleconosco@casasandreluiz.org.br