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Dia Internacional da Mulher: desejos e empoderamento das pacientes


Destaque de março, 2017

O Dia Internacional da Mulher é uma data para lembrar e celebrar todas as lutas e conquistas das mulheres na sociedade ao longo dos anos. E por mais que essas lutas continuem sendo travadas até hoje, é mais do que claro que o papel da mulher não é aquele que se espera dela, mas sim ser o que ela quiser ser. Esse movimento crescente de afirmação e empoderamento também foi sentido dentro das Casas André Luiz.

Durante terapias em grupo para trabalhar as relações entre pacientes moradoras do mesmo quarto, dentro da Unidade de Longa Permanência (ULP), os psicólogos da Instituição repararam que as angústias estavam cada vez mais se voltando ao universo feminino e ao papel da mulher. A Claúdia, Edna Maria, Rita de Cássia, Mônica, Maria e Rosângela são essas pacientes.

Com conversas sobre saúde, experiências, vontades, frustrações e alegrias, cada uma delas conseguiu expor as preocupações e desejos que todas as mulheres têm. Elas mesmas trouxeram o tema do trabalho e dos desejos para as conversas, e foi descoberta muita coisa que até as pacientes mais antigas da Instituição não haviam revelado.

É o caso da Maria Cristina, com 52 anos de idade e internada nas Casas André Luiz há mais de 40 anos. Maria é bastante vaidosa e queria se casar, ter filhos e trabalhar como professora. Igual sua colega Mônica, paciente desde 1986, que também gostaria de ensinar outras pessoas, mas que se dedicaria exclusivamente à profissão, sem planos para casamento e formar família. Por outro lado, a Rosângela Barbosa, paciente há 31 anos, conseguiu realizar um dos sonhos ao visitar uma loja de vestido de noivas. Mas ainda falta ser uma famosa cantora gospel, como quer ser.

As histórias não param por aí: as amigas Claúdia e Rita, graças ao trabalho realizado com elas na Casas André Luiz, tinham o desejo de ser, respectivamente, fisioterapeuta e enfermeira. Enquanto para Claúdia a vontade de ser mãe ainda é uma dúvida, Rita gostaria de viver a vida o máximo possível, saindo para dançar e se divertir. E não podia faltar a Edna, a mais romântica do grupo, que gostaria de ter uma vida simples, cuidando da casa e da família, tendo a própria mãe como espelho para esse desejo.

Essas são apenas algumas histórias que essas pacientes revelaram durante as sessões de psicoterapia. Mas são histórias que mostram, ao contrário do que pode se pensar, que a pessoa com deficiência intelectual não é tão diferente de uma pessoa qualquer. E isso não é nem um pouco diferente para esse grupo de mulheres que não querem mais ser reconhecidas como meninas. Elas querem ser o que elas tiverem vontade de ser.

Publicado em: 08/03/17

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