O envelhecimento é um processo multifacetado e dinâmico, compreendido como uma questão natural e normal do desenvolvimento de todo ser humano. Logo, com a pessoa que possui deficiência intelectual não é diferente: saúde e bem-estar são importantes para a melhora da qualidade de vida e a garantia de mais longevidade.
Em projeção divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, a partir de 2039 haverá mais idosos do que crianças vivendo no Brasil. Além disso, 1 em cada 4 brasileiros terá mais de 65 anos em 2060. Destes, vale ressaltar que 45,6 milhões têm ao menos algum tipo de deficiência: visual, auditiva, motora, mental ou intelectual.
Segundo um levantamento que investigou a incidência das deficiências por faixa etária, constatou-se que elas atingem com mais frequência a população de 65 anos de idade ou mais, 67,7% desses idosos (cerca de 9,5 milhões de pessoas) possuem alguma deficiência.
Um estudo concluiu que pessoas com deficiência intelectual envelhecem prematuramente. Exceto na Síndrome de Down e em outras síndromes, o envelhecimento precoce das pessoas com deficiência intelectual de grau leve a moderado é agravado pela falta de programas de promoção, acesso a serviços e má qualidade de saúde e assistência social prestados.
O Poder Público carece de programas de promoção à saúde para as pessoas com deficiência, a fim de reduzir condições secundárias como por exemplo obesidade, hipertensão, nutrição, bem-estar psicológico entre outros. O cuidado com doenças crônicas e a manutenção de oportunidades funcionais, oferta de lazer e independência melhoram a qualidade de vida dessas pessoas. Com esses recursos, a porcentagem de idosas pessoas com deficiência intelectual seria muito maior.
Nas Casas André Luiz, 33% dos pacientes têm mais de 50 anos, número que se dá pelos atendimentos recebidos diariamente nas diversas áreas médicas, terapêuticas e atividades físicas, que garantem uma qualidade de vida adequada para que eles cheguem cada vez mais ao processo de envelhecimento.
Abel Leopoldino tem 68 anos e possui deficiência intelectual moderada chegou às Casas André Luiz em 1967. Recebe atendimento de Fonoaudiologia para melhorar a deglutição da saliva, devido quadro de disfagia.
Faz estimulação motora global na Educação Física, a fim de aprimorar a capacidade física de força e resistência através de exercícios de deslocamento.
Juraci de Campos Melchiades tem 65 anos e possui deficiência intelectual profunda. Está na Instituição desde 1963 e recebe atendimento na Educação Física, para minimizar os efeitos do sedentarismo e do risco de isolamento, além da preservação da capacidade motora.
Participa de atividades de recreação e dos Grupos Aprendizes da Alegria e Aprender a Brincar, liderado por voluntários que proporcionam semanalmente momentos de muita música, brincadeiras, fantasias e diversão, e supervisionado pela equipe de Psicologia.
Publicado em: 30/09/15
© 2019 C.E.N.L. Casas André Luiz. Todos os direitos reservados.
Respeitamos sua privacidade e seus direitos, saiba mais.
CNPJ: 62.220.637/0001-40 • Isenção Fiscal: 25000.168702/2018-58.
Telefone: (11) 2457-7733 • E-mail: faleconosco@casasandreluiz.org.br