A pessoa com deficiência e o mercado de trabalho
 
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A pessoa com deficiência e o mercado de trabalho


Destaque de abril, 2014

O Brasil tem 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência: visual, auditiva, motora ou intelectual, o que representa 23,9% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2010.

De acordo com a Lei 8.213 de julho de 1991, de 2% a 5% das vagas em empresas com mais de 100 funcionários devem ser preenchidas por pessoas com deficiência. A realidade, no entanto, é que 49,9% das pessoas com deficiência trabalham, sendo 27,4% por conta própria e 22,5% sem carteira assinada.

A baixa escolaridade e a falta de qualificação profissional são apontadas como as principais causas da não contratação de indivíduos com este perfil, além da adaptação necessária na estrutura física das organizações, para que os espaços possam ser adequados ao trabalho e ao deslocamento dos profissionais.

História de superação

Na estatística de empregados com carteira registrada, está Nilton Roque da Silva, de 42 anos, assistido das Casas André Luiz, contratado por uma grande rede de supermercados. Ele nasceu em setembro de 1972, com deficiência intelectual leve, e aos 3 anos foi internado na Instituição.

A deficiência não foi obstáculo para que Nilton, mesmo institucionalizado, realizasse o sonho de trabalhar em um comércio varejista. Suas atividades tiveram início na padaria das Casas André Luiz e, 10 anos depois, passou a ser funcionário de uma grande rede de supermercados.

Em 2009, foi contratado como empacotador e depois passou para auxiliar de padaria. O trabalho contribuiu para o processo de individualização voltado à maturação emocional que se reflete em suas responsabilidades com as questões pessoais, institucionais e em sua inserção coletiva.

Residência independente

Niltinho, como é conhecido na ONG, reside com outros assistidos no Vivendas, local dentro das Casas André Luiz, criado com o objetivo de ter um espaço físico de convívio mais pessoal e menos institucional, fora da rotina das Unidades, destinado àquelas com total independência nas atividades de vida diária e pessoal ou dependentes nas atividades, porém com cognitivo preservado, a fim de que a limitação de alguns pudesse ser superada pela capacidade de outros.

Nesta experiência são desenvolvidas questões como amizade, afinidade, companheirismo e cooperação. Na casa, são responsáveis por sua própria alimentação, higiene, limpeza do local e até mesmo a compra dos materiais de uso coletivo, sendo que cada um contribui com o que pode.

As atividades do dia a dia são realizadas por um cuidador e as demais acompanhadas pelos profissionais de Terapia Ocupacional, médico, nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, entre outros.

Publicado em: 30/04/14

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